sábado, 8 de agosto de 2009

Sonho cortado




Ontem:
Criança
sonho cortado.
Hoje:
O passado
o perfume
a cor.
Veio a criança jovem:
O cheiro maduro e rude.
Muitos passaram
Todos passaram:
Osso e alma.
Ficou o poeta
Carregando juventude
O fruto maduro.
Embalei
Em meus braços:
A quentura
No caos
da carne.
Muitos passaram
E,
No meu desmaio:
As cicatrizes
em poeira
no meu chão.



Antonieta coelho 1971

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