Canto soterrado
Entre escombros,
Ao derredor,
A imagem retorcida
Em reencarnado pranto.
Esse desamparo, agora
De bancos em jardins ensolarados,
Essa dor de pássaros devorados,
Entre nuvens e estrelas,
Encadernadas
Em perdidas solidões.
Essa tortura
De lençóis brancos,
Brincadeira louca:
Ah, essa vazante agora
de soluços.
Entre escombros,
Misteriosa ausência
Revestida de sono
Em noite de presença desesperada.
Antonieta coelho
1980
Nenhum comentário:
Postar um comentário