O cansaço
Carrego-me de nuvens
Ao superar o sono da carne exausta.
Vem o repouso
Após a luta.
Falamos falamos:
Cópias de mãos cansadas
Abertas em silêncio.
É o canto da ausência
Curtido
Em madeira esal.
São gritos e pêlos
Asas e cargas
Remendadas pelo tempo.
Eu sou lago delirante
(e tuas órbitas são fogos de artifício)
A extinguir-se:
Nossos ossos permanecem
Em cremadas estranhas.
Antonieta coelho
1979
Nenhum comentário:
Postar um comentário