O funeral do mar
No mar em frente
Rápido, o marisco antecipa
O gozo estranho das ondas,
Acalentando a mansidão
Da areia adormecida.
Por sobre ansiosas vagas,
Pedaços do sonho
(Nunca acontecido)
Explodem:
Água e chão.
Mãos de argila vagueiam
Despedaçadas a procura da carne
Violentada ao vento.
Do barco náufrago,
A madeira ressuscitada
É prece colorida em fogo
Á espera do tempo.
Aos poucos, uma estrela dança
E, sôfrega, percorre os nervos
A plastificar em terra
O sangue do teu silêncio.
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