O presente
Tenho impresso entre os dedos
A linguagem dos pombos e a
Altivez das garças.
Nada me pertuba porque
Nada possuo fora de mim mesma
-apenas água e sangue
Onde mora meu estômago.
Não tenho medo da escuridão
Nem do sol.
Quero apenas oxigênio suficente,
Um pedaço de pão
e a firmeza da mão sobre a
caneta.
De nada mais preciso
E se nada for me dado,
Que me deixem estender
As pernas sob a terra
Sem passado.
Antonieta coelho 1979
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